terça-feira, 24 de maio de 2016

Quem somos nós?

Quem somos de facto nós que damos passos só para nos encontrarmos
no mesmo sítio?
Tantas vezes seres receosos!
Tantas vezes seres temerosos!
Sempre seres imperfeitos!
Tão humanamente imperfeitos!

E que bom que sabe sermos imperfeitos!
Rompermos as amarras! Destruirmos os grilhões dos nossos medos…
Gritarmos até doer….

Mas… e…. porém… se questiona:
Quem somos?
Que se espera, de facto, de cada ser que na noite solitária se refugia na sua dor?
Dormindo  como uma criança assustada…. despido de tudo….
Esquecido de si mesmo!
Amordaçado pelo tédio da existência, vencido pelas questões sem resposta!

Quisera eu ser mestre, para me descobrir mera aprendiz,
daquelas que baixam a cabeça,
daquelas que se escondem por detrás de um sorriso tímido,
daquelas que ainda desvendam tão pouco de si,
daquelas que sabem estar ainda tão longe de casa.

Mas e se, por momentos, por instantes, por segundos…
se por uns míseros segundos pudesse eu ser livre?

(09.02.2015)


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